sexta-feira, 18 de março de 2011

Será???

Seria ridículo de minha parte, sugerir um debate entre governantes e governados? Estava pensando, será que nossas reivindicações são tratadas com a seriedade e sensibilidade que gostaríamos (ex.: estudantes se acorrentando como forma de protesto pelo aumento da passagem)?
Será utópico de minha parte propor que ao invés de questionarmos as inúmeras secretarias - cada qual com seus problemas administrativos e, dependentes da esfera federal - não questionemos os representantes da nação como um todo? Será que para isso, necessitaríamos de tempo disponível (o que não temos enquanto estudantes, trabalhadores e chefes de família), bem como de patrocínio financeiro para uma viagem até o Distrito Federal?

Será que precisamos correr certos riscos (ex.: risco de sermos tachados como baderneiros revolucionários, típicos graduandos do curso de história) para iniciar um debate sobre TUDO o que nos causa dúvidas a respeito das práticas políticas atuais? Seria possível fazê-lo com a utilização dos recursos tecnológicos (debate via-internet, frente a frente)? Será que as instituições de ensino superior estariam dispostas a abrir este espaço de diálogo e, será que os governantes considerariam este na agenda?
É chegado o momento de discutirmos certos assuntos sem intermediários, e não existem mais motivos para não fazê-lo. As perguntas ou temas a serem abordados poderiam estar previstos, bem como os professores poderiam orientar os acadêmicos na escolha destes. Sabe, eu não quero ficar apenas filosofando sobre os conceitos que aprendi... Eu queria um pouco mais de atitude, mas com postura e respeito é claro (sem exageros).
Pessoalmente, gostaria de discutir as questões do “Novo Mundo”: globalização (na perspectiva de Milton Santos), as fontes de energia limpa e/ou renovável (solar, oceânica, magnética, eólica, etc.), a situação do Iraque, Irã (e outros povos árabes), a difusão do Islamismo, o Haiti (e os haitianos barrados nas fronteiras brasileiras), a palavra holocausto substituída na nova bíblia americana, a Igreja entendida como uma franquia comercial, e por aí vai...
Eu só queria dizer que eu não sou engraxate dos americanos e europeus...
por icognita

Um comentário:

Anônimo disse...

Excelente texto, Renata. Sabe, eu acredito muito na Democracia e, diferentemente do que muitos pensam, não acho que ela esteja fundamentada apenas na liberdade de expressão, no direito de falar. Acredito que seu esteio maior seja o dever de ouvir, mas não o dever que nos remete a obrigação e sim no sentido de respeito ao que nossos semelhantes tem a dizer. Há uma frase de Voltaire onde ele diz: “Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo.” Acho que esse é o verdadeiro sentido da Democracia. Nós vivemos em um Mundo onde imperam os discursos demagógicos e vazios, aliados à interesses econômicos e nada mais. Vivemos em um país onde a política é meramente partidária e corporativista. Os discursos são tão atrasados e antigos quanto nossos problemas. De dois em dois anos,ligo a tv e vejo sorrisos irônicos roubando espaço da ideologia, das propostas, do verdadeiro debate e NADA muda. Dizem que a História tende a se repetir. Não discordo, apesar de não concordar totalmente com essa ideia. Mas em se tratando de Brasil, esse pensamento não se aplica. A história não está se repetindo e digo o porquê: não está se repetindo simplesmente porque ela nunca mudou. Convivemos com os mesmos problemas e descasos com que nossos ascendentes conviveram. Mas somos o país do futuro, da Copa de 2014, do Carnaval e isso é o mais importante. Uma Democracia de fachada pode ser muito lucrativa quando se tem os contatos certos. E enquanto a educação continuar relegada a segundo plano, continuaremos estagnados. Talvez a gente engraxe os sapatos dos chineses daqui alguns anos. Ou talvez estejamos acorrentados em algum lugar, esperando vaga na agenda de alguém. Mas sabe de uma coisa, por mais realista que eu seja, acredito que as coisas possam mudar. Não preciso empunhar uma bandeira vermelha para acreditar na igualdade assim como não preciso vender a alma para conviver com o Capitalismo. A palavra-chave é e sempre foi EDUCAÇÃO. Dela vem o discernimento e deste, a indignação. Combustível básico da atitude. Mas, como essas coisas não são ditas nas novelas da Globo, vamos continuar com nossas esperanças. Digo nossas porque sei que você acredita. Sei que você não teve dúvidas de que a mudança é possível ao escrever "Será?". Claro, posso estar enganado, assim como posso estar enganado sobre tudo o que escrevi acima. Não sou dono da verdade. Seria muita presunção minha. Mas acredito e sei que você também. Então, para não me estender mais, vou encerrar meu comentário(texto, rsrs)com uma frase de Eleanor Roosevelt de que gosto muito: "O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza dos seus sonhos." Adoro essa frase. O problema é que sempre que alguém fala em sonhos, sempre tem algum bobo(eu, as vezes)que diz que seu sonho é com Mumu, bastante Mumu...Rsrs, faz parte não é?! Democracia é Democracia... Bjos, vlw.